Em áreas industriais, os tanques são frequentemente isolados até o nível do solo. Para tanques com fundos convexos, sustentados por pernas ou uma saia, esta é a opção mais simples e econômica. No entanto, isso limita a ventilação, favorecendo a corrosão sob o tanque. As soldas nas pernas ou saias são especialmente vulneráveis a cargas dinâmicas. Em saias, a inspeção costuma ser impossível devido ao isolamento.
Um exemplo é um tanque de condensado em aço inoxidável (180m³) que tombou, com uma saia de aço carbono, soldada ao fundo do tanque (316L) por meio de um anel de transição de aço inoxidável. O enchimento e esvaziamento periódicos criam uma carga de flexão dinâmica na solda, levando à falha por fadiga. Além disso, a solda geralmente possui uma fenda no lado interno, o que acelera ainda mais o processo.
Neste local havia 28 tanques, metade dos quais estavam isolados até o nível do solo. Recomendamos inspecionar imediatamente os tanques com grandes flutuações de nível de líquido, removendo o isolamento acima da solda circular. Isso revelou trincas em cinco tanques. Além das variações de nível, obras de construção e caminhões em trânsito também causavam vibrações.
A MCI realizou, após as inspeções e a coleta de amostras, uma análise laboratorial, incluindo exame das superfícies de fratura com SEM (Microscopia Eletrônica de Varredura). Isso comprovou que as falhas por fadiga foram causadas exclusivamente pelas flutuações do nível do líquido.
Muitos fabricantes, engenheiros e inspetores não estão cientes desse risco, o que faz com que o isolamento completo seja frequentemente preferido. Além disso, as cargas dinâmicas nesses tanques são subestimadas e o projeto baseia-se erroneamente apenas em cargas estáticas.
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